sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Petroleiros fazem ato pró-Dilma e contra privatização

Petroleiros, sindicalistas, estudantes e representantes de diversas entidades sociais fizeram uma passeata ontem, no centro do Rio, em apoio à candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República. Oficialmente, a manifestação era uma ato contra as privatizações e em defesa das empresas estatais, mas o que prevaleceu foram as palavras de ordem em favor da petista e os discursos contrários e ofensivos a José Serra (PSDB).
Faixas, bandeiras e farto material de divulgação de Dilma foram espalhados entre os manifestantes. Dirigentes que discursam em cima dos carros de som afirmavam que a petista era a garantia da manutenção do emprego e do desenvolvimento e que Serra representava o retrocesso. Ele foi chamado de Pinóquio, vampirão e mentiroso. Até a confusão que culminou no arremesso de rolo de adesivos e bolinha de papel contra o tucano, na quarta-feira, virou motivo de piadas entre os sindicalistas.
A passeata saiu da Praça da Candelária, percorreu um quilômetro pela Avenida Rio Branco – principal via do centro do Rio – até chegar à sede da Petrobrás. Os manifestantes encerraram o ato com um abraço simbólico ao prédio da estatal. A estimativa da Polícia Militar do Rio é de que 5 mil pessoas participaram do ato. Ao longo do trajeto, trabalhadores solidários à manifestação jogaram papel picado das janelas dos prédios.
De acordo com o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e organizador do evento, João Antônio de Moraes, o ato não tinha nada a ver com a candidatura da petista e nem com PT. Segundo ele, a principal motivação para a mobilização das entidades foi a suposta declaração de David Zylbersztajn, presidente da Agência Nacional do Petróleo (ANP) durante o governo Fernando Henrique Cardoso, em favor do regime de concessão nas áreas de exploração de petróleo do pré-sal.
“Somos favoráveis ao monopólio total da exploração. Concessão à iniciativa privada é o oposto disso. A partilha proposta pelo governo federal é o meio termo”, explicou Moraes. “Há uma sensibilidade das pessoas que estão participando em favor da Dilma, mas não é um ato de sua candidatura e nem do PT. Isso não é um ato de campanha”, disse o dirigente sindical.

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