sábado, 30 de outubro de 2010

Para quem sabe ler um pingo é letra... Assim eu espero

EU TE AMO... NÃO DIZ TUDO!


Você sabe que é amado(a) porque lhe disseram isso?

A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras.

Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida,

Que zela pela sua felicidade,
Que se preocupa quando as coisas não estão dando certo,

Que se coloca a postos para ouvir suas dúvidas,
E que dá uma sacudida em você quando for preciso.

Ser amado é ver que ele(a) lembra de coisas que você contou dois anos atrás,

É ver como ele(a) fica triste quando você está triste,
E como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d'água.

Sente-se amado aquele que não vê transformada a mágoa em munição na hora da discussão.

Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.
Aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.

Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é,
Sem inventar um personagem para a relação,
Pois personagem nenhum se sustenta muito tempo.

Sente-se amado quem não ofega, mas suspira;
Quem não levanta a voz, mas fala;
Quem não concorda, mas escuta.

Agora, sente-se e escute: Eu te amo não diz tudo!

Os "mitos" que foram se rompendo!

Que o PT não aceitaria Dilma que tinha vindo do PDT pudesse ser sua candidata.
Que o fato de ser uma mulher ainda traria muitos preconceitos à tona.
Que o passado de guerrilheira da Dilma era um problema.
Que Dilma não emplacaria porque nunca havia sido candidata a nenhum outro cargo.
Que Dilma bateria no topo dos "30% petistas" e daí não sairia.
Que Dilma não era política e não teria habilidade na conversa com outros partidos.
Que Dilma quando saísse do governo perderia prestígio e espaço na política nacional.
Que Dilma, depois de sua saída do governo, na hora que tivesse que circular sem o Lula se perderia.
Que Dilma quando tivesse que participar de debates seria trucidada pelo Serra.
Que Dilma só ganharia se fosse no 1º turno.
Que num 2º turno, ela não suportaria um enfrentamento direto com Serra.
Enfim, independente do resultado do 2º turno amanhã, mesmo com o favoritismo apontado por todas as pesquisas, o rompimento de alguns dos mitos apontados acima, a candidata Dilma Roussef, teve uma participação exemplar no processo eleitoral.
É evidente que todos estes mitos antes alegados, poderiam se impor, se a capacidade individual da candidata, e especialmente, o projeto que ela representa, não fossem transformados em desafios, vencidos cada um no seu tempo, mas num ritmo constante e crescente.
O quadro evidencia que, ao contrário do que alguns vaticinam, a política, independente, de todos os modismos e da tecnologia cada vez mais acessível, continua a ser um elemento indispensável na mediação dos projetos de sociedade.
No caso específico desta eleição brasileira, talvez, mais ainda que as últimas, os finalistas acabaram, por diversas razões agregando, ao seu redor, com raríssimas execeções, os dois amplos expectros, já bastantes conhecidos da política em qualquer lugar do mundo.
A modernidade traz ainda elementos antes não valorizados e agora reconhecidos também identificados como indispensáveis, em termos de políticas públicas e bem-estar-social: o meio ambiente e a cultura (que podem ainda serem vistos de forma conjunta), mas, a modernidade não conseguiu eliminar a polarização entre esquerda e direita, que colocam em campos opostos, os que defendem a inclusão e a redução das desigualdades sociais e aqueles que vêem no mercado e nas elites, a saídas apenas compensatórias para esta parcela da população.
Enfim, ao contrário do que a campanha de Serra tentou passar, em boa parte da campanha, especialmente, nas forma subliminares, a política é indispensável para organizar a sociedade e, apenas uma comunidade politizada e participativa poderá desfazer e recriar mitos num processo contínuo de debates, reconstrução do novo e evolução da vida em sociedade.
A despolitização com o uso de detalhes e atalhos que tergiversam a questão central é, e sempre será, um artifício daqueles que não aceitam a universalidade do voto que valoriza a cada um de forma igual, e não a alguns, de maneira especial e segmentada do todo.
Por tudo, isto e muito mais, o voto em Dilma representa a continuidade deste processo que a sociedade brasileira vem aprendendo a aperfeiçoar. 


quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Dilma reafirma posição contra aborto e pede respeito à orientação do Papa

Papa disse a bispos brasileiros que emitam juízos morais em temas políticos. Petista afirma ter sido vítima de campanha de difamação sobre tema aborto.

A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, afirmou nesta quinta-feira (28), em Brasília, respeitar a posição do Papa Bento XVI, que disse que os bispos brasileiros têm o dever de emitir juízos morais em matérias políticas, mas declarou não ver relação entre a orientação e a “campanha” que a acusava de ser favorável ao aborto.
“Vamos separar as questões. Acho que o Papa não tem nada a ver com isso. Aqui ocorreu uma outra coisa, ocorreu uma campanha que não ocorreu à luz do dia. Quem fez a campanha não se identificou, não mostrou sua cara. Foi uma campanha de difamações, de calúnias e algumas delas ao arrepio da lei”, afirmou a petista.
Dilma afirmou que o Papa "tem direito” a manifestar sua posição. “Eu acho que é a posição do Papa e tem de ser respeitada. Encaro que ele tem direito de se manifestar sobre o que ele pensa, é a crença dele, e ele está encomendando uma orientação.”
A petista reafirmou ser contra o aborto, mas a favor do tratamento das mulheres que recorrem à clandestinidade para interromper a uma gestação. “Cansei de repetir qual minha posição nessa questão do aborto. Eu, pessoalmente, sou contra o aborto, mas sei que a cada dois dias morre uma mulher nessas circunstâncias. Eu não acredito que ninguém em sã consciência recomende que se prenda essas mulheres.”

Pré-sal
Antes de conceder entrevista, Dilma recebeu sindicalistas da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que vieram manifestar apoio a sua candidatura. A petista defendeu a mudança de modelo de exploração do petróleo no pré-sal, de concessão para partilha, que ainda tramita no Congresso, e afirmou que, caso venha a ser eleita, só depois da aprovação da lei deverão ser realizadas novas licitações.
“O projeto da partilha, eu tenho total empenho nele. (...) Até o modelo de partilha [ser aprovado], não tem licitação. Nós já suspendemos as licitações”, afirmou a petista.
A mudança de modelo foi incluída no Senado dentro do projeto que cria o fundo social para a aplicação das riquezas. O projeto ainda aguarda nova votação na Câmara antes de ir à sanção presidencial.
Dilma justificou o fato de o governo Lula ter feito mais concessões de petróleo do que o governo anterior destacando que, antes da descoberta do pré-sal, o Brasil tinha poucas reservas, o petróleo era de baixa qualidade e o custo de exploração para realizar as descobertas era mais alto. Para ela, quem defende a manutenção do modelo de licitação para o pré-sal defende a privatização.
“O Brasil acompanha e sabe quem é a favor do pré-sal e da Petrobras e quem é a favor de entregar [a exploração] para empresas estrangeiras”, afirmou.

Controle da mídia
Questionada sobre a criação de conselhos de jornalismo em alguns estados e a possibilidade de controle sobre o conteúdo do jornalismo, a petista disse ser contra qualquer monitoramento. No entanto, ela disse que deve haver regras para a mídia, mas sem interferência no conteúdo.
“Sou contra qualquer processo de controle de conteúdo da mídia. Não acredito que tem alguém que seja contra modelos que criem regulações para o setor, por exemplo, sobre qual é a participação do capital estrangeiro, mas monitoramento é de conteúdo e eu não concordo com isso. Repudio o monitoramento de conteúdo editorial. Acho que isso não pode se criar no Brasil”, afirmou Dilma.
Ela reafirmou que o melhor controle para a área é o “controle remoto”. Dilma disse ainda que a liberdade de imprensa é um valor fundamental numa democracia e que o Brasil tem de se “vangloriar” por isso.

Garotinho como candidato na eleição suplementar em Campos

A informação já circulou em algumas conversas, mas agora ele veio à Rede Blog através do jornalista Fernando Leite aqui em seu blog. Ele deve ter boa e confiável fonte. A se confirmar joga por terra aquela informação que ninguém, ou poucos acreditavam, a de que existiria alguma chance da Rosinha retornar ao cargo de prefeita do município de Campos. Além disto, o ex-governador precisaria se ver livre do processo do TRE-RJ em que foi condenado junto com esposa, Rosinha, e que para concorrer este ano dependeu de uma liminar no processo no TSE cujo mérito ainda será julgado. Leia abaixo a nota e confiramos depois:

"GAROTINHO CANDIDATO À PREFEITO"
"Nem Nahim, nem Pudim. O PR de Campos adotou uma solução salomônica para evitar confronto interno, na disputa da vaga de candidato à prefeito, nas eleições suplementares de março do ano que vem.

O candidato à prefeito é Anthony Garotinho.

A fonte da informação é boa e vai além: a idéia é compor uma chapa genuinamente republicana, com a escolha de um vice, com o perfil do professor Bernardino.
Postado por Fernando Leite."

"O país que emerge das campanhas"

Um interessante artigo, aliás, mais um, da jornalista e colunista do jornal Valor Econômico, Maria Inês Nassif que merece ser lido. Abaixo apenas seu primeiro parágrafo. Na íntegra ele pode ser lido aqui.

"O país que emerge das campanhas"
"O novo presidente será conhecido já no domingo, tão logo contabilizados os votos das urnas eletrônicas. O novo Brasil político, no entanto, descortinou-se durante a campanha, é velho e conservador e merecerá certamente a atenção de especialistas depois do pleito. Os partidos, em especial os de oposição, conseguiram extrair da sociedade os seus mais primitivos preconceitos, por meio de uma agenda conservadora e religiosa. Qualquer que seja o resultado da eleição - e até esse momento não existem divergências entre as pesquisas dos institutos sobre o favoritismo da candidata Dilma Rousseff (PT) - o eleito terá de lidar com uma agenda de políticas públicas da qual foram eliminadas importantes conquistas para a sociedade como um todo, e na qual o elemento religioso passou a ser um limitador da ação do Estado."

Marina repreende PSDB por uso de seu nome de forma fraudulenta

A senadora Marina Silva (PV-AC) criticou, hoje, duramente os setores do PSDB que promoveram iniciativas fraudulentas de envolvê-la em ações de apoio à candidatura de José Serra.
“Não usem meu nome para o vale-tudo eleitoral”, advertiu Marina ao tomar conhecimento de um endereço de e-mail falso (marina@pv.gov.br) e de um post do blog Eu Vou de Serra 45 que manipula declarações dadas por ela durante a campanha do primeiro turno.
“Infelizmente, muitos não aprenderam nada com os resultados das urnas e continuam a promover a política de mais baixo nível ao usar estratagemas banais para buscar votos”, declarou a ex-presidenciável do PV.
O e-mail com o remetente marina@pv.gov.br é direcionado aos simpatizantes de Marina e contém mensagem em nome da senadora e do PV com pedido para que se unam em torno da candidatura de Serra.
Por sua vez, o blog da militância tucana lança mão de declaração da então candidata verde à Presidência de forma descontextualizada para fazer seu proselitismo eleitoral. “Marina se posiciona: Brasil não pode ser entregue a quem conhece”, afirma inadvertidamente a divulgação dos defensores do ex-governador de São Paulo.
“Estamos no final do segundo turno, e os brasileiros já tiveram acesso a muitas informações sobre os candidatos à Presidência. Não há mais desconhecidos. O eleitor vai às urnas consciente da sua escolha e não sujeitará a formação de sua opinião àqueles que usam artifícios ingênuos para distorcer a realidade”, afirmou Marina.
A senadora voltou a manifestar o posicionamento que ela e o Partido Verde tornaram público desde o último dia 17 de outubro sobre a fase final da disputa presidencial: independência em relação a Dilma e Serra.
“Os quase 20 milhões de brasileiros que endossaram meu projeto e o de Guilherme Leal no primeiro turno sabem que o respeito ao eleitor é um princípio inquestionável na nossa prática política, o que nos diferencia daqueles que querem o poder pelo poder”, concluiu Marina Silva.

sábado, 23 de outubro de 2010

Professor desmoraliza fita adesiva do jn

Professor de Jornalismo Gráfico desmascara, quador a quadro, a grande armação pró-Serra do Jornal Nacional  


 

José Antonio Meira da Rocha. Professor de Jornalismo Gráfico da Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Educação Superior Norte-RS (UFSM/CESNORS), campus de Frederico Westphalen, Rio Grande do Sul, Brasil.

Toda a produção jornalística pode ser digitalizada. Tudo o que é publicado está à mercê de chatos que salvam, gravam, colecionam, digitalizam com plaquinhas de 120 reais. Como eu, que gosto de gravar TV na minha Pixelview PlayTV Pro.
Por isso, hoje, é inconcebível que a grande imprensa, sofrendo há muito com as mudanças provocadas pela digitalização, tente enganar seu digitalizado público com armações grotescas como esta aprontada pelo Jornal Nacional de 2010-10-22, com ajuda da Folha.com e do repórter Ítalo Nogueira.
Será que a velha mídia não se dá conta que qualquer pessoa pode gravar TV e passar quadro-a-quadro? E que, fazendo isto, a pessoa pode ver que não há nenhum rolo de fita crepe sendo atirado contra o candidato José Serra? Que o detalhe salientado em zoom numa extensa matéria de 7 minutos não passava de um artifact de compressão de vídeo sobreposto à cabeça de alguém ao fundo? Que não se vê no vídeo quadro-a-quadro nenhum objeto indo ou vindo à cabeça do candidato?
E a Globo ainda vai procurar a opinião de um “especialista” de reputação duvidosa…
Tudo pode ser digitalizado, menos a  credibilidade de um veículo jornalístico. E este único ativo que sobra à velha mídia, ela joga fora…
Veja a sequência abaixo e tente encontrar o rolo de fita voando em direção à cabeça do candidato.

Veja a sequência aqui

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

A música certa para o momento certo... "Bolinha de papel"

Com Dilma jovens pobres poderão realizar sonhos

“Voto em Dilma sim, porque não penso só em mim"

Uma das características do ser humano é a observação, e ela se torna ainda mais intensa quando acompanhada de uma reflexão de cunho social. Não porque seja ela mais nobre, mas porque, de certa forma, toca mais à essência do que é o justo, coerente, e digno. Ainda me recordo aquele dia, um dia comum, como qualquer outro, quando voltava de uma audiência no centro da capital paulista e em determinado momento percebi um ruído metálico no meu carro.
Como sou pouco conhecedor de mecânica, entendi que o mais apropriado era parar em uma oficina e verificar o que ocorria. Assim que cheguei, fui atendido pelo proprietário que me encaminhou a um funcionário que era soldador. Na verdade, o problema consistia em soldar minuciosamente uma parte do escapamento. Tão logo fui apresentado, o rapaz me disse que teria de levantar o veículo e fazer a delicada soldagem com precisão.
Com muita destreza e o olhar fixo, ele conseguiu realizar a sua tarefa com a perfeição de um cirurgião. Discretamente, pude observar os detalhes de suas mãos, a agilidade no manejo do equipamento, o olhar fixo, com ar profissional, de quem sabia o que estava fazendo. Ao terminar, verifiquei o trabalho e ainda brinquei dizendo que ele poderia ser um grande cirurgião, em face de sua habilidade.. Foi nesse instante que o pobre rapaz, um pouco sem graça, olhou para o chão e disse, talvez triste demais para os seus não mais que 26 anos:
- Meu sonho era ser um médico cirurgião.
Poucas vezes senti o que realmente é um sonho perdido. Em frações de segundos, pensei em quanto o povo brasileiro perde por causa de oportunidades não proporcionadas pelo Estado. Pensei em quantos soldadores, funileiros, bancários, porteiros, motoboys, tem todos os dias seus sonhos destruídos pela falta de oportunidade em termos de educação, de cursar uma boa universidade. Hoje, apesar dos esforços, ainda temos cerca de cerca de 14,1 milhões de analfabetos hoje no País.
Entendo que pior que os efeitos sociais do analfabetismo, é a falta de esperança daqueles que já foram alfabetizados e que, por questões de sobrevivência, tiverem de interromper seus estudos e enterraram seus sonhos de se tornar médicos, advogados, engenheiros ou professores. Para mudarmos isso, precisamos implementar ainda mais, um grande número de universidades públicas, com vasta oferta vagas e ensino de qualidade, para que enfim os jovens do nosso Brasil possam acordar sabendo que o trabalho é um meio, e não um fim. O fim de um sonho quase impossível, como a desventura frustrante de um habilidoso rapaz pobre que sonhava um dia ser um médico cirurgião.

*Dedico este texto aos aos rapazes e moças pobres do Brasil; aos médicos, engenheiros, advogados, cientistas que hoje, adormecidos, exercem o papel de zeladores, engraxates, porteiros, soldadores, e motoboys, que um dia acordarão e poderão, finalmente, seguir em direção ao sonho de ser alguém nesse grande país, com Dilma  presidente do Brasil !
Fernando Rizzolo é Advogado, Professor de Direito em curso de Pós- Graduação, e editor do Blog do Rizzolo

Petroleiros fazem ato pró-Dilma e contra privatização

Petroleiros, sindicalistas, estudantes e representantes de diversas entidades sociais fizeram uma passeata ontem, no centro do Rio, em apoio à candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República. Oficialmente, a manifestação era uma ato contra as privatizações e em defesa das empresas estatais, mas o que prevaleceu foram as palavras de ordem em favor da petista e os discursos contrários e ofensivos a José Serra (PSDB).
Faixas, bandeiras e farto material de divulgação de Dilma foram espalhados entre os manifestantes. Dirigentes que discursam em cima dos carros de som afirmavam que a petista era a garantia da manutenção do emprego e do desenvolvimento e que Serra representava o retrocesso. Ele foi chamado de Pinóquio, vampirão e mentiroso. Até a confusão que culminou no arremesso de rolo de adesivos e bolinha de papel contra o tucano, na quarta-feira, virou motivo de piadas entre os sindicalistas.
A passeata saiu da Praça da Candelária, percorreu um quilômetro pela Avenida Rio Branco – principal via do centro do Rio – até chegar à sede da Petrobrás. Os manifestantes encerraram o ato com um abraço simbólico ao prédio da estatal. A estimativa da Polícia Militar do Rio é de que 5 mil pessoas participaram do ato. Ao longo do trajeto, trabalhadores solidários à manifestação jogaram papel picado das janelas dos prédios.
De acordo com o coordenador-geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP) e organizador do evento, João Antônio de Moraes, o ato não tinha nada a ver com a candidatura da petista e nem com PT. Segundo ele, a principal motivação para a mobilização das entidades foi a suposta declaração de David Zylbersztajn, presidente da Agência Nacional do Petróleo (ANP) durante o governo Fernando Henrique Cardoso, em favor do regime de concessão nas áreas de exploração de petróleo do pré-sal.
“Somos favoráveis ao monopólio total da exploração. Concessão à iniciativa privada é o oposto disso. A partilha proposta pelo governo federal é o meio termo”, explicou Moraes. “Há uma sensibilidade das pessoas que estão participando em favor da Dilma, mas não é um ato de sua candidatura e nem do PT. Isso não é um ato de campanha”, disse o dirigente sindical.

Pesquisa Vox populi

Serra sabia do dossiê do Estado de Minas e conhecia Amaury desde 2008

O jornal mineiro Hoje em Dia, traz reportagem reveladora sobre o chamado dossiê a respeito de José Serra.
Começou em 2008:

- Antes de se decidir os possíveis candidatos à Presidência, no início de 2008, um dossiê começou a ser montado em Belo Horizonte. A intenção era de levantar a movimentação financeira das empresas Decidir.com., com sede nas Ilhas Virgens, e Patagon, na Argentina.
- Jornalista com vínculo profissional com o jornal “Estado de Minas”, Amaury Ribeiro Júnior foi o responsável pelo levantamento do material, com base na CPI do Banestado, em 2003. A CPI investigou a evasão de divisas do Brasil para paraísos fiscais entre 1996 e 2002, num total de cerca de US$ 84 bilhões.

Amaury manteve contato com Serra

- Durante a produção do dossiê, o jornalista manteve o contato com José Serra, em São Paulo, depois de fazer todas as apurações das movimentações das duas empresas. A Decidir.com e Patagon eram das sócias Verônica Serra, filha de Serra, e de Verônica Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, dono do Banco Opportunity.

“Não mexa com Minas, que Minas reage”

- Com o conhecimento do dossiê, Serra viajou para Belo Horizonte para participar das comemorações dos 80 anos do jornal “Estado de Minas”, em 2008 (foto). Além dele, outro governador presente foi José Roberto Arruda, do Distrito Federal, cotado para ser o vice indicado pelo DEM numa chapa com o PSDB.
O assunto dominante na noite era o recado claro a José Serra, dado inclusive, indiretamente, no discurso de um dos diretores do jornal, que garantiu: “Não mexa com Minas, que Minas reage” – referência à possível espionagem de Marcelo Itagiba (para Serra) contra Aécio Neves.
- No final do ano passado, quando os nomes da corrida presidencial estavam praticamente definidos, o jornalista deixou o jornal. A notícia do dossiê chegou à cúpula tucana. O caso foi abafado.

Acontecimentos de 2009

- As declarações de renda dos tucanos foram encomendadas pelo jornalista Amaury Ribeiro Júnior. Ele não só fazia a encomenda dos dados obtidos ilegalmente em agências da Receita em São Paulo, mas ia a capital paulista buscar os documentos. As viagens eram pagas pelo jornal ou por um funcionário do jornal.
- Amaury confirmou que pagou R$ 12 mil ao despachante Dirceu Rodrigues Garcia, que trabalha em São Paulo. A PF não sabe de onde saiu o dinheiro.
- Garcia confirmou que Amaury pagou pelos dados do genro de José Serra, Alexandre Bourgeois, do dirigente tucano Eduardo Jorge, das sócias Verônica Dantas e Verônica Serra, além de outros integrantes do PSDB.
- O jornalista decidiu fazer a investigação depois de descobrir que o deputado Marcelo Itagiba (PSDB-RJ) estaria comandando um grupo de espionagem a serviço de José Serra para devassar a vida do ex-governador Aécio Neves que tinha a intenção de disputar a Presidência.
- Amaury deixou o emprego no jornal, no final de 2009.

Acontecimentos de 2010

- O delegado afirmou à polícia que foi chamado para cuidar da segurança do escritório do jornalista Luiz Lanzetta, responsável, até então, pela coordenação de comunicação da campanha de Dilma. Lanzetta deixou a campanha em junho, após a revelação do caso, negando que teria participado da criação do dossiê.
- Amaury Ribeiro Júnior se encontrou em abril com Luiz Lanzetta, responsável, até então, pela coordenação de comunicação da campanha de Dilma Rousseff à Presidência.
- Amaury confirmou que, durante o período em que ficou em Brasília, negociou com a equipe da pré-campanha de Dilma Rousseff.
- A notícia de que Lanzetta participava da montagem do dossiê fez com que a direção do PT o afastasse. Ele deixou a campanha em junho, após a revelação do caso, negando participação na reunião dos documentos, que havia começado em 2008.
- Até o final de 2009, o levantamento em torno da movimentação de recursos feita pelas empresas da filha de Serra e da irmã de Dantas já estava concluído. Em nota, a PF afirma que ficou constatado que os dados do dossiê foram utilizados para elaboração de relatórios, “mas não foi comprovada sua utilização na campanha política”.

Petrobrás confirma potencial de até 8 bilhões de barris de poço de Tupi

A Petrobrás distribuiu comunicado nesta sexta-feira, 22, confirmando informação divulgada pela Galp Energia que foi concluída a perfuração do nono poço na área de Tupi, no pré-sal da Bacia de Santos, o que comprovou o potencial de óleo leve e gás natural recuperável daquela jazida, estimado pela empresa entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de óleo equivalente.

Marcelo Sayao/ EfeAnúncio confirma detalhes divulgados pela Galp anteriormente
O poço está localizado no bloco BM-S-11 a cerca de 290 quilômetros da costa do Estado do Rio de Janeiro. A Petrobrás é a operadora, com 65% de participação, sendo que a Galp Energia tem 10% e a BG Group, 25%. A declaração de comercialidade está prevista para 31 de dezembro de 2010.
Segundo comunicado da estatal, o poço comprova que a acumulação de petróleo não só se estende até o extremo sul da área do Plano de Avaliação de Tupi, como, também, a espessura do reservatório com óleo chega a cerca de 128 metros, o que reduz as incertezas das estimativas de volume de hidrocarbonetos da área, confirmando todos os detalhes divulgados pela Galp.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

A Sociedade Mundial da Cegueira

O poeta Affonso Romano de Sant'Ana e o prêmio Nobel de literatura, o portugues José Saramago, fizeram da cegueira tema para críticas severas à sociedade atual, assentada sobre uma visão reducionista da realidade. Mostraram que há muitos presumidos videntes que são cegos e poucos cegos que são videntes.
Hoje propala-se pomposamente que vivemos sob a sociedade do conhecimento, uma espécie de nova era  das luzes. Efetivamente assim é. Conhecemos cada vez mais sobre cada vez menos. O conhecimento especializado colonizou todas as áreas do saber. O saber de um ano é maior que todo saber acumulado dos últimos 40 mil anos. Se por um lado isso traz inegáveis benefícios, por outro, nos faz ignorantes sobre tantas dimensões, colocando-nos escamas sobre os olhos e assim impedindo-nos de ver a totalidade.
O que está em jogo hoje é a totalidade do destino humano e o futuro da biosfera. Objetivamente estamos pavimentando uma estrada que nos poderá conduzir ao abismo. Por que este fato brutal não está sendo visto pela maioria dos especialistas nem dos chefes de Estado nem da grande mídia que pretende projetar os cenários possíveis do futuro? Simplesmente porque, majoritariamente, se encontram enclausurados em seus saberes específicos nos quais são muito competentes mas que, por isso mesmo, se fazem cegos para os gritantes problemas globais.
Quais dos grandes centros de análise mundial dos anos 60 previram a mudança climática dos anos 90?  Que analistas econômicos com prêmio Nobel, anteviram a crise econômico-financeira que devastou os países centrais em 2008? Todos eram eminentes especialistas no seu campo limitado, mas idiotizados nas questões fundamentais. Geralmente é assim: só vemos o que entendemos. Como os especialistas entendem apenas a mínima parte que estudam, acabam vendo apenas esta mínima parte, ficando cegos para o todo. Mudar este tipo de saber cartesiano desmontaria hábitos científicos consagrados e toda uma visão de mundo.
É ilusória a independência dos territórios da física, da química, da biologia, da mecânica quântica e de outros. Todos os territórios e seus saberes são interdependentes, uma função do todo. Desta percepção nasceu a ciência do sistema Terra. Dela se derivou a teoria  Gaia que não é tema da New Age mas resultado de minuciosa observação científica. Ela oferece a base  para políticas globais de controle do aquecimento da Terra que, para sobreviver, tende a reduzir a biosfera e até o número dos organismos vivos, não excluidos os seres humanos.
Emblemática foi a COP-15 sobre as mudanças climáticas em Copenhague. Como a maioria na nossa cultura é refém do vezo da atomização dos saberes, o que predominou nos discursos dos chefes de Estado eram interesses parciais: taxas de carbono, níveis de aquecimento, cotas de investimento e outros dados parciais.  A questão central era outra: que destino queremos para a totalidade que é a nossa Casa Comum? Que podemos fazer coletivamente para garantir as condições necessárias para Gaia  continuar habitável por nós e por outros seres vivos?
Esses são problemas globais que transcendem nosso paradigma de conhecimento especializado. A vida não cabe numa fórmula, nem o cuidado numa equação de cálculo. Para captar esse todo precisa-se de uma leitura sistêmica junto com a razão cordial e compassiva, pois é esta razão que nos move à ação.
Temos que desenvolver urgentemente a capacidade de somar, de interagir, de religar, de repensar, de refazer o que foi desfeito e de inovar. Esse desafio se dirige a todos os especialistas para que se convençam de que a parte sem o todo não é parte. Da articulação de todos estes cacos de saber, redesenharemos o painel global da realidade a ser comprendida, amada e cuidada. Essa totalidade é o conteúdo principal da consciência planetária, esta sim, a era da luz maior que nos liberta da cegueira que nos aflige.
 
 
Leonardo Boff

Pessimismo capitalista e Darwinismo social

Que fazer quando uma crise como a nossa se transforma em sistêmica, atingindo todas as áreas e mostra mais  traços destrutivos que construtivos? É notório que o modelo social montado já nos primórdios da modernidade, assentado na magnificação do eu e em sua conquista do mundo em vista da acumulação privada de riqueza não pode mais ser levado avante. Apenas os deslumbrados do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo Lula, acreditam ainda neste projeto que é a racionalização do irracional. Hoje percebemos claramente que não podemos crescer indefinidamente porque a Terra não suporta mais nem há demanda suficiente. Este modelo não deu certo, pelas perversidades sociais e ambientais que produziu. Por isso, é intolerável que nos seja imposto como a única forma de produzir como ainda querem os membros do G-20 e do PAC.
A situação emerge mais grave ainda quando este sistema vem  apontado como o principal causador da crise ambiental generalizada, culminando com o   aquecimento global. A perpetuação deste paradigma de produção e de consumo pode, no limite, comprometer o futuro da biosfera e a existência da espécie humana sobre o planeta.
Como mudar de rumo? É tarefa complexíssima. Mas devemos começar. Antes de tudo, com a mudança de nosso olhar sobre a realidade, olhar este subjacente à atual  sociedade de marcado: o pessimismo capitalista e o darwinismo social.
O pessimismo capitalista foi bem expresso pelo pai fundador da economia moderna Adam Smith (1723-1790), professor de ética em Glasgow. Observando a sociedade, dizia que ela é um conjunto de indivíduos egoistas, cada qual procurando para si o melhor. Pessimista, acreditava que esse dado é tão arraigado que não pode ser mudado. Só nos resta moderá-lo. A forma é criar o mercado no qual todos competem com seus produtos, equilibrando assim os impulsos  egoistas.
O outro dado é o darwinismo social raso. Assume-se a tese de Darwin, hoje vastamente questionada, de que no processo da evolução das espécies sobrevive apenas o mais forte e o mais apto a adaptar-se. Por exemplo, no mercado, se diz, os fracos serão sempre engolidos pelos mais fortes. É  bom que assim seja, dizem, senão a fluidez das trocas fica prejudicada. 
Há que se entender corretamente a teoria de Smith. Ele não a tirou das nuvens. Viu-a na prática selvagem do capitalismo inglês nascente. O que ele fez, foi traduzi-la teoricamente no seu famoso livro: "Uma investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações"(1776) e assim justificá-la. Havia, na época, um processo perverso de acumulação individual e de exploração desumana da mão de obra.
Hoje não é diferente. Repito os dados já conhecidos: os três pessoas mais ricas do mundo possuem ativos superiores à toda riqueza de 48 países mais pobres onde vivem 600 milhões de pessoas; 257 pessoas sozinhas acumulam mais riqueza que 2,8 bilhões de pessoas o que equivale a 45% da humanidade; o resultado é que mais de um bilhão passa fome e 2,5 bilhões vivem abaixo da linha da pobreza; no Brasil 5 mil famílias possuem 46% da riqueza nacional. Que dizem esses dados se não expressar um aterrador egoismo? Smith, preocupado com esta barbárie e como professor de ética, acreditava que o mercado, qual mão invisível, poderia controlar os egoismos e garantir o bem estar de todos. Pura ilusão, sempre desmentida pelos fatos.
Smith falhou porque foi reducionista: ficou só no egoismo. Este existe mas pode ser limitado, por aquilo que ele omitiu: a cooperação, essencial ao ser humano. Este é fruto da cooperação de seu pais e comparece como um nó-de-relações sociais. Somente sobrevive dentro de relações de reciprocidade que limitam o egoismo. É verdade que egoismo e altruismo convivem. Mas se o altruismo não prevalecer, surgem perversões como se nota nas sociedades modernas assentadas na inflação do "eu" e no enfraquecimento da cooperação. Esse egoismo coletivo faz todos serem inimigos uns dos outros.
Mudar de rumo? Sim, na direção do "nós", da cooperação de todos com todos e na solidariedade universal e não do "eu" que exclui. Se tivermos altruismo e compaixão não deixaremos que os fracos sejam vítimas da seleção natural. Interferiremos cuidando-os, criando-lhes condições para que vivam e continuem entre nós. Pois cada um é mais que um produtor e um consumidor. É único no universo, portador de uma mensagem a ser ouvida e é membro da grande família humana.
Isso não é uma questão apenas de política, mas de ética humanitária, feita de solidariedade e de compaixão.

Leonardo Boff

sábado, 16 de outubro de 2010

Você pensa que eles não existem mais? ILUMINATIS - Assista e analise

Partido Pátria Livre em Campos

Hoje (16) às 10h no Sindicato dos Bancários, será lançado um novo partido de esquerda em Campos. Trata-se do Partido Pátria Livre (PPL), com organização em 25 estados da federação e com registro provisório no TRE. Em Campos, o PPL está sendo organizado por um grupo de pessoas, formado por lideranças estudantis, dirigentes sindicais e ex-integrantes do PCdoB. Apesar de recém-fundado, o PPL tem forte inserção nos movimentos sociais, ocupando a secretaria-geral da UNE (União Nacional dos Estudantes), coordenando a CMB (Confederação das Mulheres do Brasil) e presidindo a CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil)

O PPL surgiu em abril de 2009 por iniciativa do então MR-8 (Movimento Revolucionário 8 de Outubro), movimento que se organizava partidariamente à esquerda dentro do PMDB. Em seu programa, o Pátria Livre defende a soberania nacional e alerta para a entrada do capital internacional na economia brasileira. O partido defende o socialismo e apóia o governo do presidente Lula. Para o registro definitivo junto ao TSE é necessário obter cerca de 400 mil assinaturas em pelo menos 9 estados da federação em 3 macro-regiões diferentes. O PPL conta com mais de 200 mil assinaturas homologadas e já atingiu o quorum mínimo nos estados e macro-regiões. A expectativa é que o registro seja obtido até o meio do ano que vem.

O ato de fundação do PPL/Campos contará com a presença do presidente estadual do PPL, Irapuan Santos; do vice-presidente nacional, Fernando Siqueira; e do presidente estadual da Juventude Pátria Livre, Ubiratan Cassano. Na ocasião, será apresentada a comissão provisória municipal do PPL/Campos.

UNE anuncia campanha pró-Dilma e critica política do PSDB

O presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Augusto Chagas, atribui a "polarização do segundo turno" à decisão da entidade de declarar voto à petista Dilma Rousseff, posição também adotada pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES). As organizações, que na primeira etapa da corrida presidencial afirmaram que não apoiariam um determinado candidato em respeito à "pluralidade" de seus integrantes, criticaram, em notas individuais, o que entendem como viés "privatista" e "neoliberal" representado pelo tucano José Serra.
Em ambas as notas, os estudantes são "convocados" a participar do processo.
- No ambiente de polarização que se configura na atual quadra política, é fundamental que essa geração tome posição e derrote o setor conservador representado na candidatura de José Serra - diz o texto assinado pela UNE. Já a UBES evoca os "caras-pintadas", que entraram em cena durante o impeachment do ex-presidente Fernando Collor.
- E é por isso que a histórica União Brasileira dos Estudantes Secundaristas mais uma vez colocará os caras-pintadas nas ruas para impedir a volta da direita ao poder.
Apesar de ter afirmado, em abril passado, que não era tradição da UNE apoiar candidaturas, Chagas ressalta que o voto declarado à Dilma é uma postura coerente com o histórico da entidade.
- Num segundo turno, é mais natural que a entidade se posicione. É um momento em que as organizações sociais precisam emitir uma opinião mais concreta.
Tem a ver com oferecer para a sociedade a opinião da UNE, mostrar que ela está embasada no que sempre lutou. Se você olhar para os últimos 30 anos, desde que a UNE se reorganizou em 1979, e fizer um retrospecto das bandeiras que a entidade defende, você vai entender as razões pelas quais, num cenário de polarização como esse, a UNE se posiciona nesse momento.
 
Confira a entrevista 

Terra Magazine - No primeiro turno, a UNE declarou se manteria de forma independente em relação ao processo eleitoral. Agora, no segundo turno, a entidade muda de posicionamento e declara apoio à candidata Dilma Rousseff (PT). Por quê?
Augusto Chagas -
Nós reunimos a diretoria no último fim de semana e, diante da polarização do segundo turno, achamos que a UNE deveria se posicionar e indicar o voto à Dilma, muito nesse cenário de polarização e de comparar a trajetória dessas duas candidaturas, o que representam, os governos que poderíamos utilizar de exemplo nas práticas que, para a UNE, são questões muito valiosas, que são a característica da relação com o movimento social, das políticas educacionais, do desenvolvimento... Chegamos à conclusão de que a postura adequada para nossa entidade é indicar o voto à Dilma, por acreditar que seria ela a mais capaz de conduzir as propostas que a UNE, desde o primeiro turno, veio apresentado às diferentes candidaturas.
Em abril passado, durante entrevista a Terra Magazine, você comentou que não era uma tradição da UNE apoiar candidaturas e que houve poucas ocasiões em que vocês tomaram essa posição.
De fato, tentamos sustentar, ao longo da campanha eleitoral, a postura que, na nossa opinião, é a postura mais adequada para uma entidade como a UNE: de apresentar propostas. O primeiro turno é o momento em que uma série de candidaturas apresenta ideias diferentes para o rumo do Brasil, em que o debate se faz de maneira mais aberta. A UNE procurou interagir com o debate feito pela sociedade do ponto de vista de apresentar, para essas diferentes candidaturas, essas opiniões.
O segundo turno é um momento muito mais polarizado. É um momento em que a sociedade vai tomar uma posição concreta em relação a dois projetos que, na nossa opinião, são muito diferentes. A UNE, durante os anos Fernando Henrique Cardoso - e, hoje, a gente pode dizer que o Serra representa muito daquelas opiniões -, passou muitos anos num período de resistência intensa. Se pegarmos o cenário educacional naquela ocasião, por exemplo, veremos que nossas universidades federais viveram uma situação de estrangulamento. Um exemplo que sempre repetimos: A UFRJ, a mais importante universidade federal brasileira, teve a luz cortada em 2001, porque, por dois anos, não conseguiu custear sua conta de luz.
Foi um período em que a relação com o movimento social...e quando a gente fala da candidatura do Serra...Nesses últimos anos, por exemplo, na condução do governo de São Paulo, vimos se repetir essa relação. Você pega essas greves recentes dos professores. Tivemos oportunidade de participar de maneira direta daquelas reivindicações e vimos qual é o tratamento que é oferecido ao movimento social.
É por esse cenário de polarização e por achar que a UNE tem autoridade suficiente para se posicionar, que resolvemos indicar o voto à Dilma Rousseff no segundo turno.
A decisão da UNE de se posicionar no segundo turno tem relação com a reação apresentada por Serra nas pesquisas de intenção de voto?
Em segundos turnos, a UNE... Em 2002, a UNE chegou a tomar posição no segundo turno. Em 2006, a UNE acabou fazendo uma campanha de crítica ao que representava a campanha do Alckmin. Então, num segundo turno, é mais natural que a entidade se posicione. É um momento em que as organizações sociais precisam emitir uma opinião mais concreta.
Tem a ver com oferecer para a sociedade a opinião da UNE, mostrar que ela está embasada no que sempre lutou. Se você olhar para os últimos 30 anos, desde que a UNE se reorganizou em 1979, e fizer um retrospecto das bandeiras que a entidade defende, você vai entender as razões pelas quais, num cenário de polarização como esse, a UNE se posiciona nesse momento.
O fato de o Serra ter sido presidente da UNE não provocou um certo constrangimento?
Não deve haver constrangimento. A UNE respeita todos os dirigentes que passaram por ela. Nossa campanha não se personifica, não é contra a figura dele, mas contra as ideias e as políticas que hoje ele representa.
Serra ontem, inclusive, deu mais uma declaração infeliz em relação a UNE, numa atividade em Belo Horizonte, dizendo que a entidade hoje é pelega e que, na época dele, era uma organização que lutava, que tinha ideias. Eu diria que, na nossa opinião, na ocasião em que Serra era da UNE, ele estava do lado do povo, das ideias de transformação e que, hoje, infelizmente, a biografia que ele deve responder é a biografia de quem caminhou no sentido das ideias conservadoras, do atraso.
Como será o apoio da UNE à Dilma?
Nós demos essa primeira publicidade, que é uma publicidade mais oficial, divulgando a nossa nota. A ideia é que, já na próxima segunda-feira (18), a gente consiga transformar isso numa campanha. Achamos que tão importante quanto a UNE oficialmente se posicionar é divulgar isso para os estudantes. Pretendemos fazer uma ampla distribuição de materiais pelo Brasil e, principalmente, realizar debates em universidades. Ao longo do fim de semana, temos mais uma reunião em que pretendemos definir esse calendário, mas já há indicativos de realizarmos debates em capitais como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba.
Tanto a nota da UNE quanto a da UBES têm um tom de convocação dos estudante. A da UBES chega a evocar os "caras-pintadas", dizendo que, mais uma vez, os colocará "nas ruas para impedir a volta da direita ao poder". O tom é esse mesmo?
Na democracia, o fundamental é que as pessoas participem e que o debate possa acontecer. Num momento de mais polarização, em que o que está em jogo são caminhos muito diferentes, na nossa opinião, achamos que é importante, de fato, que os estudantes possam se mobilizar. Com certeza esse vai ser o tom que vamos adotar nos debates nas universidades.

Carta de Dilma

Monica Serra contou ter feito aborto, diz ex-aluna

O jornal Folha de S.Paulo publica neste sábado (16) reportagem intitulada "Monica Serra contou ter feito aborto, diz ex aluna." O texto assinado pela colunista Monica Bergamo ocupa a metade inferior da página 10. A ex-aluna é Sheila Canevacci Ribeiro, de 37 anos, que teve Monica Serra como professora de dança na Universidade de Campinas (Unicamp).
A reportagem de Monica Bergamo descreve, a princípio, frases que Sheila postou em seu Facebook um dia depois do debate na TV Bandeirantes. Na segunda-feira, 11, Sheila dizia em seu perfil no Facebook que escrevia para "deixar minha indignação pelo posicionamento escorregadio de José Serra" em relação ao tema aborto.
Sheila escreveu, relata a Folha de S.Paulo, que Serra não respeitava "tantas mulheres começando pela sua própria mulher. Sim, Mônica Serra já fez um aborto", relatou a ex-aluna em texto republicado por sites e blogs ao longo da semana e que agora teve sua veracidade de autoria confirmada pela Folha.
A colunista Monica Bergamo relata ter conversado não apenas com Sheila, mas também com outra das ex-alunas de Mônica Serra que ouviram o relato da então professora sobre o aborto. À Folha, está dito na reportagem, "a bailarina diz que confirma 'cem por cento' tudo que escreveu" em seu Faceboook.
À colunista Monica Bergamo, Sheila confirmou um dos principais trechos escritos em seu Facebook. Nele, a ex-aluna de Monica Serra desabafa:
"Com todo respeito que devo a essa minha professora, gostaria de revelar publicamente que muitas de nossas aulas foram regadas a discussões sobre seu aborto traumático".
Em seguida, indagou a ex-aluna de Monica Serra em seu Faceboook e reproduziu a Folha: "Devemos prender Monica Serra caso seu marido fosse (sic) eleito presidente?".
A reportagem da Folha de S.Paulo tem, logo ao lado direito do texto, uma reprodução de santinhos que o candidato José Serra tem distribuído para eleitores. Com a foto do tucano, o santinho é encimado pela citação "Jesus é a verdade e a justiça".
A Folha localizou em Brasília uma colega de classe de Sheila, ela também ex-aluna da esposa do candidato tucano. Professora de dança na capital federal, informa Monica Bergamo, essa segunda ex-aluna concordou em falar sob a condição do anonimato.
A colega de Sheila contou, descreve a Folha, que, nas aulas, as alunas se sentavam em círculos, criando uma situação de intimidade. Enquanto fazia gestos de dança, descreve a Folha, Monica Serra explicava como marcas e traumas da vida alteram movimentos do corpo e se refletem na vida cotidiana.
Segundo a ex-estudante, continua a Folha de S. Paulo, "as pessoas compartilhavam suas histórias, algo comum em uma aula de psicologia. Nesse contexto, afirmou, Monica (Serra) compartilhou sua história com o grupo de alunas. Disse ter feito o aborto por causa da ditadura", informa a Folha.
Prossegue o relato na Folha de S.Paulo:
Ainda de acordo com a ex-aluna, Monica disse que o futuro dela e do marido, José Serra, era muito incerto. Quando engravidou, teria relatado Monica à então aluna, o casal se viu numa situação muito vulnerável.
Depois do golpe militar no Brasil, Serra se mudou para o Chile, onde conheceu a mulher, Veronica. Em 1973, com o golpe que derrubou Luis Allende e levou o general Augusto Pinochet ao poder, Serra e Monica mudaram-se para os Estados Unidos.
À Folha e a Monica Bergamo, Sheila faz questão de manifestar qual é a essência da sua decisão ao falar: "Ela (Monica Serra) não confessou. Ela contou. Não sou uma pessoa denunciando coisas. Mas (ela é) uma pessoa pública, que fala em público que é contra o aborto, é errado. Ela tem uma responsabilidade ética."
A Folha traz ainda, em meio ao material, um ligeiro perfil de Sheila Canevacci Ribeiro. Revela que Sheila diz ter votado em Plínio de Arruda Sampaio e que declara voto em Dilma no segundo turno, ainda que não pretenda votar por conta de uma viagem para o Líbano já marcada.
No perfil que traça de Sheila, a Folha mostra, por outro lado, as ligações da família da ex-aluna de Monica Serra com o PSDB.
Sheila é filha da socióloga Majô Ribeiro, ex-aluna de Eva Blay no mestrado da USP. Eva Blay, foi suplente de Fernando Henrique Cardoso no Senado, informa a Folha. Majô, mãe de Sheila, foi ainda pesquisadora do Núcleo de Estudos da Mulher e Relações Sociais da USP, fundado pela ex-primeira dama Ruth Cardoso (1930-2008).
Militante feminista, Majô, a mãe de Sheila, foi candidata derrotada a vereadora e a vice-prefeita em Osasco. Pelo PSDB.
À Folha a socióloga disse estar "preocupada" com a filha, mas afirma - é o relato no jornal - que a criou para "ser uma mulher livre" e que ela "agiu como cidadã".
Sheila é casada com o antropólogo italiano Massimo Canevacci, que foi professor de antropologia cultural na Universidade La Sapienza, em Roma, e hoje dirige pesquisas no Brasil.
A Folha informa ainda que a assessoria de Monica Serra "não respondeu aos questionamentos feitos pelo jornal "a respeito do relato de suas ex-alunas".
Diz ainda que o jornal procurou Monica Serra pela primeira vez na manhã de anteontem (A quinta-feira, 14): "Segundo sua assessoria, ela havia viajado para o Chile e não seria possível localizá-la naquele momento".
Por fim, conta colunista Monica Bergamo, "entre quinta-feira e ontem (sexta-feira, 15) a reportagem telefonou seis vezes e enviou cinco e-mails para a assessoria. Recebeu uma mensagem com a seguinte afirmação: "Não há como responder".

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Italva vive a pior seca na zona rural

Defesa Civil pede ajuda ao governo federal, pois há três meses não chove na área. Os açudes estão vazios e não tem pasto. Animais morrem de fome

 Nas propriedades de pequenos criadores de gado, os açudes estão secos, o pasto não cresceu mais, a vegetação rasteira parece palha, e o rebanho ficou sem alimento, o que vem provocando a morte de quatro animais por dia. Este é o quadro da seca na área rural do Município de Italva, próximo, no Norte Fluminense, a 346 quilômetros do Rio de Janeiro e de cerca de 15 mil habitantes. O longo período de estiagem — 3 meses — que atinge o município está prejudicando a vida dos produtores.
Um único animal come de 25 a 40 quilos por dia, e os proprietários já não possuem o estoque de silagem, feita por meio da fermentação de algumas espécies de forrageiras como capim, sorgo e o napiê (capim-elefante originário da África), que tem sido a alternativa para garantir a produtividade do rebanho leiteiro. Como a estiagem começou mais cedo e está durando um período maior e com os estoques baixos ou simplesmente vazios, a solução no Município de Italva tem sido a cana de açúcar, comprada para alimentar o rebanho.
Preocupado com a situação dos criadores de gado, o prefeito Joelson Gomes Soares, no cargo há 11 meses, substituindo Eliel Almeida Ribeiro, que faleceu no ano passado, tomou uma imediata providência: decretou o estado de emergência, viabilizando recursos para socorrer o pequeno produtor. Então, os criadores de Italva procuraram o prefeito, solicitando que a prefeitura buscasse alimento em outros municípios, visto ser muito alto o custo do frete. Nesse sentido, Joelson Soares os atendeu e determinou o transporte de cana de Campos até as propriedades atingidas pela seca. O prefeito agiu prontamente. “São coisas simples até certo ponto. Temos a obrigação de resolver, razão na nossa atenção especial ao homem do campo e neste caso não poderia ser diferente”, declarou.

Prejuízos

Os pequenos criadores ainda vão contabilizar os prejuízos, avaliar as perdas no pasto. Sobre as principais causas da seca do Norte Fluminense os produtores se limitam a dizer que “são naturais, pois a região está localizada numa área em que as chuvas ocorrem poucas vezes durante o ano. Nesta semana choveu um dia, o que não adiantou para amenizar o nosso problema”. Outra providência da Prefeitura de Italva partiu da secretaria de Defesa Civil e Ordem Pública, que encaminhou documentos e fotos ao ministério das Cidades, solicitando ajuda.

Dilma só perde, se não repetir os votos que teve no 1º turno!

A conta, baseada na pesquisa divulgada ontem pelo Ibope. Nos números anunciados na virada da quarta para esta quinta-feira, no Jornal da Globo, a candidata Dilma é a opção de 29% dos que votaram em Marina no 1º turno, enquanto Serra fica com 54%.
Como Dilma teve cerca de 47% dos votos no 1º turno, se ele mantiver estes eleitores, mais os 5,5%, referentes aos 29% dos 19% dos votos que Marina teve no 1º turno, a candidata do PT chega a mais de 52%.
De toda a sorte, eleição não é matemática, mas pesquisa é estatística e esta bascamente aritmética, daí que as contas ficam ao gosto do freguês: compra quem quer!

Marina fala sobre possibilidades de apoio no segundo turno

Durante entrevista para o Terra TV, na tarde desta quinta-feira (14), a senadora e ex-candidata à presidência da República pelo PV, Marina Silva, criticou a cobertura da imprensa sobre os temas relacionados ao aborto e às questões religiosas. A senadora disse ainda que, durante a disputa no primeiro turno, sentia que as perguntas que envolviam estes assuntos eram voltadas "quase que exclusivamente" a ela. "Nos debates do primeiro turno, sentia que essas questões eram dirigidas à mim e pensava: "será que tem a ver com minha fé religiosa?'".
Marina afirmou que debateu com clareza as questões sobre aborto e religião. "Eu tenho a alegria de dizer que as debati e coloquei a minha posição contrária, por questões religiosas e filosóficas. Não as escondi. Espero que não tenhamos uma visão preconceituosa nem em relação a quem crê e nem a quem não crê", defendeu a ex-candidata.
Como o aborto tem sido a principal questão em pauta no segundo turno, Marina foi questionada sobre a opinião dos candidatos José Serra e Dilma Rousseff em relação ao tema. "Eu não tenho condições de julgar a fé das pessoas. Se ele (Deus) não julgava, como é que eu vou julgar". Em seguida, a senadora foi questionada sobre a existência de um Estado laico no Brasil, porque o aborto não poderia ser legalizado sem a geração de polêmica.
Ao responder, Marina, como vinha fazendo no período de campanha, defendeu a realização de um plebiscito popular. "Vai ser sempre a vontade da maioria da população, de uma sociedade democrática. Existe também outra parte da população que tem posição contrária e eles têm o direito de expressar a sua posição. A gente tem que defender a liberdade de expressão para todas as questões. Cada um tem o direito de expressar a sua condição religiosa sem ser satanizado", explicou.
Sobre o perfil político dos presidenciáveis José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT), Marina afirmou: "os dois são pessoas com uma visão desenvolvimentista, não vem pela busca da sustentabilidade ambiental e das suas diferentes dimensões". Segundo a senadora, seus adversários no primeiro turno apresentam perfis gerenciais muito semelhantes, mas o segundo turno é uma "benção", já que os dois terão oportunidades de se diferenciar.
Um internauta perguntou para Marina se, pela história que ela tinha dentro do PT, não seria coerente que apoiasse a candidata Dilma Rousseff. A senadora repetiu a pergunta e disse que desde o princípio falou que queria estar num processo e que a escolha do PV deveria ser programática, não deveria ter a questão de cargos e nem deveria ser pautada pelas questões de amizade.
"Não é assim que a gente pensa política, não é assim que a gente fala das questões relevantes para o País com amadurecimento. Eu tenho uma amizade com muitas pessoas que pensam completamente diferente daquilo que eu penso e nem por isso vou subordinar minha ação política a esses laços de amizade", finalizou.

Gilberto Gil votou Marina, agora é Dilma!

João Peixoto diz na Alerj que está de “alma lavada”

O deputado João Peixoto (PSDC), em pronunciamento feito hoje, na Assembléia Legislativa, disse que está de “alma lavada” por ter sido o candidato de Campos mais votado nas eleições do dia 3 de outubro. João, eleito para o quarto mandato na Alerj, citou que já “soltou fogos” seis vezes, uma vez que, na eleição de 1994, ele ganhou, mas a eleição foi anulada, e ele tornou a ganhar. E também já teve um mandato de vereador, conquistado em 1992.
A propósito, João disse, durante a campanha eleitoral deste ano, que se tivesse mais um voto do que o primeiro suplente do seu partido já estaria satisfeito. O voto a mais significaria, claro, a sua vitória. Mas João teve muitos votos a mais. A diferença da votação dele (33.203 votos) para a do primeiro suplente, Moutinho (22.784), foi de 10.419 votos.

Garotinho: apoio a Dilma ou neutralidade no 2º turno

Deputado federal eleito com a maior votação no Rio, o ex-governador Anthony Garotinho (PR) condicionou seu apoio à candidata Dilma Rousseff (PT) à revogação imediata pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), do decreto que instituiu o Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3). Esta é a condição imposta por ele para entrar na campanha de Dilma. Em entrevista ao site IG, Garotinho, que foi eleito o mais votado no Rio de Janeiro, com 694.862 votos e o segundo no país, afirma que, caso não haja a revogação, ficará neutro no segundo turno.
O 3º Programa Nacional de Direitos Humanos foi criado por decreto do presidente e publicado em 21 de dezembro de 2009. O documento, de 180 páginas, é um protocolo de intenções do governo, e não tem força de lei. Para tirar as principais propostas do papel, o Executivo ainda precisa submeter os textos à aprovação do Congresso.
O PNDH-3 define pontos como a adoção de crianças por pessoas do mesmo sexo e casamento entre homossexuais, além de punição a padres e pastores que se negarem a fazer a cerimônia. Há também um capítulo que obriga hospitais a fazerem pelo SUS cirurgias em pessoas interessadas em trocar de sexo, sob pena de perder o convênio. Garotinho considerou “absurdos” os pontos tratados no texto do documento assinado pelo presidente Lula.

Documento assinado para não alterar distribuição dos royalties
Outro ponto que Garotinho não abre é quanto aos royalties do petróleo. O parlamentar quer que Dilma assine um documento se comprometendo a não alterar os atuais critérios de repasses da verba para os municípios e estados produtores.  O candidato a vice na chapa de Dilma, deputado federal Michel Temer (PMDB), conversou com Garotinho, por telefone, na semana passada, e confirmou que irá hoje falar pessoalmente com o presidente regional do PR para pedir apoio à campanha da petista.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Dilma: vida digna para as pessoas com deficiência

A candidata Dilma Rousseff visitou hoje, em Teresina (PI), o Centro Integrado de Reabilitação Danielle Dias (CEIR), que é referência no tratamento psicomotor no Nordeste. Ela afirmou que um dos seus compromissos com os brasileiros é criar estruturas que permitam que as pessoas com a deficiência tenham uma vida digna.
Construído em parceria entre o governo do Estado e o governo federal, o CEIR já realizou mais de 120 mil atendimentos desde 2008. O centro funciona ao lado de uma escola especializada na educação de crianças até 14 anos e que tenham algum tipo de deficiência intelectual.
“É uma prova de como se pode fazer para os deficientes do nosso país muitas coisas. Primeiro acho que a reabilitação é uma questão importantíssima pelo aspecto da inserção social, comunitária, garantindo uma vida plena para o deficiente", disse. "Eu acredito também que a educação especial tem esse sentido. Meu compromisso é dar ao deficiente do nosso país todas as condições para que ele tenha uma vida não discriminada e que ele e sua família sejam apoiados.”
Minha Casa, Minha Vida
Um exemplo do atendimento que Dilma quer prestar aos portadores de deficiência é o da Maria Francisca Pereira da Mata, 35 anos. Aos 15 anos, ela saiu de Panorama (MA), para passar por uma cirurgia em Teresina. Contudo, após um procedimento cirúrgico que lhe tirou os movimentos, ela foi deixada pela família que a criava no Maranhão.
Francisca conta que descobriu que sua família verdadeira morava em Teresina, mas nunca a ajudou, mesmo com suas limitações de locomoção. “Eu sempre morei sozinha depois que vim para cá. Não gosto de depender de ninguém. Mas agora eu tenho a minha casa, o que é o mais importante. A casa é toda adaptada, com rampas, portas largas e os móveis são mais baixos”, conta.
A maranhense é uma das milhares de pessoas que se beneficiou do programa Minha Casa, Minha Vida, no conjunto habitacional Nova Teresina. “Tem pelo menos 15 casas adaptadas onde eu moro”, contou. “Eu quero ver a Dilma porque quero agradecer a ela por essa nova vida que eu tenho”, disse aguardando a petista no saguão do CEIR, onde ela tem acompanhamento psicológico e faz parte de sua recuperação.

domingo, 10 de outubro de 2010

Blog do Grupo Jovem da Matriz de São José

É com grande alegria de comunicamos que foi criado hoje o mais novo canal de comunicação dos jovens católicis de nossa cidade o blog do grupo jovem da matriz de São José será o loca onde o jovem pode encontrar eventos, textos.
Vale e pena dar uma olhada!!

http://grupojovemcm.blogspot.com/

Com a palavra FREI BETTO

Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária aos princípios do Evangelho e da fé cristã.

Conheço Dilma Rousseff desde criança. Éramos vizinhos na rua Major Lopes, em Belo Horizonte. Ela e Thereza, minha irmã, foram amigas de adolescência.
Anos depois, nos encontramos no presídio Tiradentes, em São Paulo. Ex-aluna de colégio religioso, dirigido por freiras de Sion, Dilma, no cárcere, participava de orações e comentários do Evangelho.
Nada tinha de “marxista ateia”.
Nossos torturadores, sim, praticavam o ateísmo militante ao profanar, com violência, os templos vivos de Deus: as vítimas levadas ao pau-de-arara, ao choque elétrico, ao afogamento e à morte.
Em 2003, deu-se meu terceiro encontro com Dilma, em Brasília, nos dois anos em que participei do governo Lula. De nossa amizade, posso assegurar que não passa de campanha difamatória -diria, terrorista- acusar Dilma Rousseff de “abortista” ou contrária aos princípios evangélicos.
Se um ou outro bispo critica Dilma, há que se lembrar que, por ser bispo, ninguém é dono da verdade.
Nem tem o direito de julgar o foro íntimo do próximo.
Dilma, como Lula, é pessoa de fé cristã, formada na Igreja Católica.
Na linha do que recomenda Jesus, ela e Lula não saem por aí propalando, como fariseus, suas convicções religiosas. Preferem comprovar, por suas atitudes, que “a árvore se conhece pelos frutos”, como acentua o Evangelho.
É na coerência de suas ações, na ética de procedimentos políticos e na dedicação ao povo brasileiro que políticos como Dilma e Lula testemunham a fé que abraçam.
Sobre Lula, desde as greves do ABC, espalharam horrores: se eleito, tomaria as mansões do Morumbi, em São Paulo; expropriaria fazendas e sítios produtivos; implantaria o socialismo por decreto…
Passados quase oito anos, o que vemos? Um Brasil mais justo, com menos miséria e mais distribuição de renda, sem criminalizar movimentos sociais ou privatizar o patrimônio público, respeitado internacionalmente.
Até o segundo turno, nichos da oposição ao governo Lula haverão de ecoar boataria e mentiras. Mas não podem alterar a essência de uma pessoa. Em tudo o que Dilma realizou, falou ou escreveu, jamais se encontrará uma única linha contrária ao conteúdo da fé cristã e aos princípios do Evangelho.
Certa vez indagaram a Jesus quem haveria de se salvar. Ele não respondeu que seriam aqueles que vivem batendo no peito e proclamando o nome de Deus. Nem os que vão à missa ou ao culto todos os domingos. Nem quem se julga dono da doutrina cristã e se arvora em juiz de seus semelhantes.
A resposta de Jesus surpreendeu: “Eu tive fome e me destes de comer; tive sede e me destes de beber; estive enfermo e me visitastes; oprimido, e me libertastes…” (Mateus 25, 31-46). Jesus se colocou no lugar dos mais pobres e frisou que a salvação está ao alcance de quem, por amor, busca saciar a fome dos miseráveis, não se omite diante das opressões, procura assegurar a todos vida digna e feliz.
Isso o governo Lula tem feito, segundo a opinião de 77% da população brasileira, como demonstram as pesquisas. Com certeza, Dilma, se eleita presidente, prosseguirá na mesma direção.


FREI BETTO, frade dominicano, é assessor de movimentos sociais e escritor, autor de “Um homem chamado Jesus” (Rocco), entre outros livros. Foi assessor especial da Presidência da República (2003-2004, governo Lula).

É só comparar

EDUCAÇÃO – O BRASIL NO RUMO CERTO

(Manifesto de Reitores das Universidades Federais à Nação Brasileira)

Da pré-escola ao pós-doutoramento - ciclo completo educacional e acadêmico de formação das pessoas na busca pelo crescimento pessoal e profissional - consideramos que o Brasil encontrou o rumo nos últimos anos, graças a políticas, aumento orçamentário, ações e programas implementados pelo Governo Lula com a participação decisiva e direta de seus ministros, os quais reconhecemos, destacando o nome do Ministro Fernando Haddad.
Aliás, de forma mais ampla, assistimos a um crescimento muito significativo do País em vários domínios: ocorreu a redução marcante da miséria e da pobreza; promoveu-se a inclusão social de milhões de brasileiros, com a geração de empregos e renda; cresceu a autoestima da população, a confiança e a credibilidade internacional, num claro reconhecimento de que este é um País sério, solidário, de paz e de povo trabalhador. Caminhamos a passos largos para alcançar patamares mais elevados no cenário global, como uma Nação livre e soberana que não se submete aos ditames e aos interesses de países ou organizações estrangeiras.
Este período do Governo Lula ficará registrado na história como aquele em que mais se investiu em educação pública: foram criadas e consolidadas 14 novas universidades federais; institui-se a Universidade Aberta do Brasil; foram construídos mais de 100 campi universitários pelo interior do País; e ocorreu a criação e a ampliação, sem precedentes históricos, de Escolas Técnicas e Institutos Federais. Através do PROUNI, possibilitou-se o acesso ao ensino superior a mais de 700.000 jovens. Com a implantação do REUNI, estamos recuperando nossas Universidades Federais, de norte a sul e de leste a oeste. No geral, estamos dobrando de tamanho nossas Instituições e criando milhares de novos cursos, com investimentos crescentes em infraestrutura e contratação, por concurso público, de profissionais qualificados. Essas políticas devem continuar para consolidar os programas atuais e, inclusive, serem ampliadas no plano Federal, exigindo-se que os Estados e Municípios também cumpram com as suas responsabilidades sociais e constitucionais, colocando a educação como uma prioridade central de seus governos.
Por tudo isso e na dimensão de nossas responsabilidades enquanto educadores, dirigentes universitários e cidadãos que desejam ver o País continuar avançando sem retrocessos, dirigimo-nos à sociedade brasileira para afirmar, com convicção, que estamos no rumo certo e que devemos continuar lutando e exigindo dos próximos governantes a continuidade das políticas e investimentos na educação em todos os níveis, assim como na ciência, na tecnologia e na inovação, de que o Brasil tanto precisa para se inserir, de uma forma ainda mais decisiva, neste mundo contemporâneo em constantes transformações.
Finalizamos este manifesto prestando o nosso reconhecimento e a nossa gratidão ao Presidente Lula por tudo que fez pelo País, em especial, no que se refere às políticas para educação, ciência e tecnologia. Ele também foi incansável em afirmar, sempre, que recurso aplicado em educação não é gasto, mas sim investimento no futuro do País. Foi exemplo, ainda, ao receber em reunião anual, durante os seus 8 anos de mandato, os Reitores das Universidades Federais para debater políticas e ações para o setor, encaminhando soluções concretas, inclusive, relativas à Autonomia Universitária.

Alan Barbiero - Universidade Federal do Tocantins (UFT)
José Weber Freire Macedo – Univ. Fed. do Vale do São Francisco (UNIVASF)
Aloisio Teixeira - Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Josivan Barbosa Menezes - Universidade Federal Rural do Semi-árido (UFERSA)
Amaro Henrique Pessoa Lins - Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)
Malvina Tânia Tuttman – Univ. Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO)
Ana Dayse Rezende Dórea - Universidade Federal de Alagoas (UFAL)
Maria Beatriz Luce – Universidade Federal do Pampa (UNIPAMPA)
Antonio César Gonçalves Borges - Universidade Federal de Pelotas (UFPel)
Maria Lúcia Cavalli Neder - Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT)
Carlos Alexandre Netto - Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)
Miguel Badenes P. Filho – Centro Fed. de Ed. Tec. (CEFET RJ)
Carlos Eduardo Cantarelli – Univ. Tec. Federal do Paraná (UTFPR)
Miriam da Costa Oliveira – Univ.. Fed. de Ciênc. da Saúde de POA (UFCSPA)
Célia Maria da Silva Oliveira – Univ. Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS)
Natalino Salgado Filho - Universidade Federal do Maranhão (UFMA)
Damião Duque de Farias - Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
Paulo Gabriel S. Nacif – Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB)
Felipe .Martins Müller - Universidade Federal da Santa Maria (UFSM).
Pedro Angelo A. Abreu – Univ. Fed. do Vale do Jequetinhonha e Mucuri (UFVJM)
Hélgio Trindade – Univ. Federal da Integração Latino-Americana (UNILA)
Ricardo Motta Miranda – Univ. Fed. Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)
Hélio Waldman – Universidade Federal do ABC (UFABC)
Roberto de Souza Salles - Universidade Federal Fluminense (UFF)
Henrique Duque Chaves Filho – Univ. Federal de Juiz de Fora (UFJF)
Romulo Soares Polari - Universidade Federal da Paraíba (UFPB)
Jesualdo Pereira Farias - Universidade Federal do Ceará - UFC
Sueo Numazawa - Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA)
João Carlos Brahm Cousin - Universidade Federal do Rio Grande – (FURG)
Targino de Araújo Filho – Univ. Federal de São Carlos (UFSCar)
José Carlos Tavares Carvalho - Universidade Federal do Amapá (UNIFAP)
Thompson F. Mariz - Universidade Federal de Campina Grande (UFCG)
José Geraldo de Sousa Júnior - Universidade Federal de Brasília (UNB)
Valmar C. de Andrade - Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE)
José Seixas Lourenço – Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA)
Virmondes Rodrigues Júnior – Univ. Federal do Triângulo Mineiro (UFTM)
Walter Manna Albertoni - Universidade Federal de São Paulo ( UNIFESP)


sábado, 9 de outubro de 2010

Leia, pense bem, compare com os anos do PSDB no Governo e vote

Lula, que não entende de sociologia, levou 32 milhões de miseráveis e pobres à condição de consumidores;  e que também não entende de economia; pagou as contas de FHC,  zerou a dívida com o FMI e ainda empresta algum aos ricos.
Lula, o analfabeto, que não entende de educação, criou mais escolas e universidades que seus antecessores juntos [14 universidades públicas e estendeu mais de 40 campi], e ainda criou o PRÓ-UNI, que leva o filho do pobre à universidade [meio milhão de  bolsa para pobres em escolas particulares].
Lula, que não entende de finanças nem de contas públicas, elevou o salário mínimo de 64 para mais de 291 dólares [valores de janeiro de 2010], e não quebrou a previdência como queria FHC.
Lula, que não entende de psicologia, levantou o moral da nação e disse que o Brasil está melhor que o mundo. Embora o  PIG - Partido da Imprensa Golpista, que entende de tudo, diga que não.
Lula, que não entende de engenharia, nem de mecânica, nem de nada, reabilitou o Proálcool, acreditou no biodiesel e levou o país à liderança mundial de combustíveis renováveis [maior programa de energia alternativa ao petróleo do planeta].
Lula, que não entende de política, mudou os paradigmas mundiais e colocou o Brasil na liderança dos países emergentes, passou a ser respeitado e enterrou o G-8 [criou o G-20].
Lula, que não entende de política externa nem de  conciliação, pois foi sindicalista brucutu; mandou às favas a ALCA, olhou para os parceiros do sul, especialmente para os vizinhos
da América Latina, onde exerce liderança absoluta sem ser imperialista. Tem fácil trânsito
junto a Chaves, Fidel, Obama, Evo etc. Bobo que é, cedeu a tudo e a todos.
Lula, que não entende de mulher nem de negro, colocou o primeiro negro no Supremo (desmoralizado por brancos) uma mulher no cargo de primeira ministra, e que pode inclusive, fazê-la sua sucessora.
Lula, que não entende de etiqueta, sentou ao lado da rainha (a convite dela) e afrontou nossa fidalguia branca de lentes azuis.
Lula, que não entende de desenvolvimento, nunca ouviu falar de Keynes, criou o PAC; antes mesmo que o mundo inteiro dissesse que é hora de o Estado investir; hoje o PAC é um amortecedor da crise.
Lula, que não entende de crise, mandou baixar o IPI e levou a indústria automobilística a bater recorde no trimestre [como também na linha branca de eletrodomésticos].
Lula, que não entende de português nem de outra língua, tem fluência entre os líderes mundiais; é respeitado e citado entre as  pessoas mais poderosas e influentes no mundo atual [o melhor do mundo para o Le Monde, Times, News Week, Financial Times e outros...].
Lula, que não entende de respeito a seus pares, pois é um brucutu, já tinha empatia e relação direta com George Bush - notada até pela imprensa americana - e agora tem a mesma empatia com Barack Obama.
Lula, que não entende nada de sindicato, pois era apenas um agitador;.. é amigo do tal John Sweeny [presidente da AFL-CIO -
American Federation Labor-Central Industrial Congres - a central de trabalhadores dos Estados Unidos, que lá sim, é única...]e entra na Casa Branca com credencial de negociador e fala direto com o Tio Sam lá, nos "States".
Lula, que não entende de geografia, pois não sabe interpretar um mapa é autor da maior mudança geopolítica das Américas na história.
Lula, que não entende nada de diplomacia internacional, pois nunca estará preparado, age com sabedoria em todas as frentes e se torna interlocutor universal.
Lula, que não entende nada de história, pois é apenas um locutor de bravatas; faz história e será lembrado por um grande legado, dentro e fora do Brasil.
Lula, que não entende nada de conflitos armados nem de guerra, pois é um pacifista ingênuo, já é cotado pelos palestinos para dialogar com Israel.
Lula, que não entende nada de nada;.. é bem melhor que todos os outros...!

OBSERVAÇÃO:

DESCULPEM-ME OS NAO-LULAS MAS COMO RECEBO MUITOS EMAILS IRONIZANDO E FALANDO HORRORES DELE ACHO QUE TENHO O DIREITO DE ENVIAR UM UNICO EMAIL QUE FALE BEM DESSE
MARAVILHOSO "ANALFABETO".
SAUDAÇÕES BRASILEIRAS!