Verificar periodicamente se você é mesmo de esquerda. Adote o critério de Norberto Bobblio:a direita considera a desigualdade social tão natural quanto a diferença entre o dia e a noite. A esquerda encara-a como uma aberração a ser erradicada.
Não dá para ser de esquerda sem “sujar” os sapatos lá onde o povo vive, luta, sofre, alegra-se e celebra suas crenças e vitórias. Teoria sem prática é fazer o jogo da direita.
3. Não se envergonhe de acreditar no socialismo
O escândalo da Inquisição não faz os cristãos abandonarem os valores e as propostas do evangelho. Do mesmo modo, o fracasso do socialismo no Leste europeu não deve induzi-lo a descartar o socialismo do horizonte da história humana.
4. Seja crítico sem perder a autocrítica
Muitos militantes de esquerda mudam de lado quando começam a catar piolho em cabeça de alfinete. Preteridos pelo poder, tornam-se amargos e acusam os seus companheiros (as) de erros e vacilações. Como diz Jesus, vêem o cisco do olho do outro, mas não o camelo no próprio olho. Nem se engajam para melhorar as coisas. Ficam como meros espectadores e juízes e, aos poucos, sãó cooptadpos pelo sistema.
5. Saiba a diferença entre militante e ” militonto“
“Militonto” é aquele que se gaba de estar em tudo, participar de todos os eventos e movimentos, atuar em todas as frentes. Sua linguagem é repleta de chavões e os efeitos de sua ação são superficiais.
6. Seja rigorosona ética da militância
A esquerda age por princípios. A direita por interesse. Um militante de esquerda pode perder tudo- a liberdade, o emprego, a vida. Menos a moral. Ao desmoralizar-se, desmoraliza a causa que defende e encarna. Presta um inestimável serviço à direita.
7. Alimente-se na tradição da esquerda
É preciso oração para cultivar a fé, carinho para nutrir o amor do casal, ” voltar às fontes” para manter acesa a mística de militância. Conheça a história da esquerda, leia (auto) biografias, como o ” Diário de Che na Bolívia”, e romances como ” A Mãe”, de Gorki, ou “As Vinhas da Ira”, de Steinbeck.
8. Prefira o risco de errar com os pobres a ter a pretensão de acertar sem eles
Conviver com os pobres não é fácil. Primeiro, há a tendência de idealizá-los. depois, descobre-se que entre eles há os mesmo vícios encontrados nas demais classes sociais. Eles não são melhores nem piores que os demais seres humanos. A diferença é que são pobres, ou seja, pesoas privadas injusta e involuntariamente dos bens essenciais à vida digna. Por isso, estamos ao lado deles. Por uma questão de justiça.
9. Defenda sempre o oprimido, ainda que aparentemente ele não tenha razão
São tantos os sofrimentos dos pobres do mundo que não se pode esperar deles atitudes que nem sempre aparecem na vida daqueles que tiveram uma educação refibada.
10. Faça da oração um antídoto contra a alienação
Orar é deixar-se questionar pelo espírito de Deus.Muitas vezes deixamos de rezar para não ouvir o apelo divino que exigi a nossa conversão, isto é, a mudança de rumo na vida. falamos como militantes e vivermos como burgueses,acomodados ou na cõmoda posição de juízes de quem luta.
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